Saber dizer adeus*o luto em destaque na Biblio. Munici. Faro

Saber dizer adeus – o luto em destaque na Biblioteca Municipal de Faro
A Biblioteca Municipal de Faro António Ramos Rosa, dedica o mês de novembro ao tema do LUTO, com várias iniciativas para diferentes públicos, sensibilizando para a importância de refletir sobre a morte, permitindo-nos estar mais disponíveis para a vida.

Considerando importante potenciar a vertente social da Biblioteca enquanto equipamento cultural e de lazer inserido na comunidade, o projeto "Biblioteca Social - Humaniza-te" aborda temáticas sociais atraindo pessoas improváveis para a biblioteca, chamando o público para ouvir e falar de problemas reias/sociais com que se identifiquem, tornando a biblioteca um espaço social, de crescimento humano e evolução do grupo como um todo. Tendo já sido realizadas sessões sobre a saúde mental, o voluntariado, o autismo e os refugiados, todas permitiram a participação do público, num formato de tertúlia, para quem quis partilhar a sua experiência.

No dia 30 de novembro, às 17h30, a «Biblioteca Social – Humaniza-te», sob o tema SABER DIZER ADEUS irá refletir sobre a importância de fazer o luto, aceitar a morte e dar mais sentido à vida, em conjunto com os técnicos da Oficina do Sentir, mas também com o testemunho de outros profissionais e público em geral que manifeste o interesse em partilhar o seu testemunho. Todos somos especialistas na nossa própria vida. Todos podemos aprender uns com os outros.

No âmbito da rubrica "Quintas de Inclusão", todas as 5ª feiras do mês de novembro, vão realizar-se as sessões dinamizadas pela equipa do Serviço Educativo da Biblioteca, para as escolas do 1º ciclo do concelho de Faro. Como lidar com a perda de alguém que nos é muito próximo? O avô, um amigo ou o nosso animal de estimação - o problema coloca-se a todos em momentos diversos da nossa vida, mas ganha uma importância especial quando temos que o abordar com as crianças.

Estas sessões terão o apoio da equipa da Oficina do Sentir.
Informações e inscrições através do e-mail biblioteca.arquivo@cm-faro.PT

Esta semana recebi uma notícia muito triste . A conhecida d mãe do meu afilhado perdeu está terça-feira o seu filho com 49 dias .49 dias como e possível ? Imagino a alegria daqueles pais pelo nascimento daquele bebê apesar de não ser o primeiro filho. E apesar de eu ter perdido o meu Santiago ao nascer acredito que a dor destes pais e bem pior que a minha pois já havia um desenvolvimento no amor por aquele bebê pois ele está ali com eles, eles o viam crescer a cada dia que passava. Na terça recuei ao dia 23 de setembro em que o meu mundo desabou e que a vida deixou de fazer sentido. Mas também me fez lembrar das palavras do meu irmão que naquele dia me magoaram tanto mas que agora na minha cabeça fazem todo o sentido . Quando meu irmão me cui disse que devido a ele ter sido reanimado tantas vezes para ver se sobrevivia ele poderia ficar com sequelas graves. E que decerto foi melhor deus o ter mo levado quando nasceu do que ele nascer ir embora contente com ele nos braços e passado uma semana ou um mês ele morrer. Que o choque iria ser muito pior e a culpa também. E agora com esta situação dou razão ao que ele disse pois numa situação assim como desta mãe eu não sei se não morreria junta com o meu filho. Deve ser uma dor muito grande. Ainda para mais o bebê morreu com um AVC. Quero muito voltar a ser mãe e poder dar um irmão arco íris ao Santiago mas ao mesmo tempo sinto tanto medo do que me pode esperar numa 2a gravidez

Minha querida,

A perda de um filho, seja em que idade for, qualquer que seja a situação, é uma das piores dores do mundo... Nós sabemos porque passamos por lá, resta-nos enviar muito amor à família e desejar-lhes que encontrem a forma de amar o bebé que perderam de uma outra forma, tal qual nós estamos a encontrar.
Cada pessoa vai viver a perda de uma forma diferente, não é possível fazer comparações nem entrarmos nos sapatos dos outros, dói e a dor é dilacerante... resta-nos acreditar que esta se irá ressignificar e ajudar-nos a continuar a nossa jornada.
Uma gravidez após perda, é sempre muito assustadora e desafiante porque sabemos que o desfecho poderá ser tudo menos aquilo que queremos mas não dá para perder a esperança e, com um bom acompanhamento médico, psicológico e, se possível, familiar, esta caminhada será mais leve. Não desistas do teu sonho!
Qualquer coisa que precises, estamos por cá!

Toma um abraço apertadinho e cheio de sol